Trânsito

Cinto de segurança no banco de trás faz toda a diferença

A falsa sensação de proteção que esse espaço proporciona contribui para a baixa adesão ao cinto, sem que se perceba o risco real envolvido.

Comunicação - 16 de maio de 2025
GRUPO CRIAR - Criação

Por todo o Brasil, o mês de maio é marcado por iniciativas voltadas à conscientização no trânsito. E o Blog Transitar traz mais um tema de extrema importância para a sua segurança: o uso do cinto de segurança. Esse que é um dos dispositivos de segurança mais essenciais no trânsito, capaz de reduzir significativamente o risco de morte e lesões graves em caso de sinistro. Apesar disso, seu uso ainda é negligenciado por muitos passageiros, principalmente aqueles que ocupam o banco traseiro. A falsa sensação de proteção que esse espaço proporciona contribui para a baixa adesão ao cinto, sem que se perceba o risco real envolvido.

Poucos sabem, porém, que a ausência do cinto de segurança no banco traseiro não afeta apenas quem está sentado ali, ela também coloca em perigo os ocupantes da parte dianteira do veículo. Um passageiro sem cinto pode ser arremessado para frente com força extrema em uma colisão, tornando-se um verdadeiro projétil. Estudos indicam que essa dinâmica pode aumentar em até cinco vezes o risco de morte para o motorista e os passageiros da frente.

Em um impacto repentino, o veículo desacelera bruscamente, mas os ocupantes continuam se movendo na velocidade original até serem contidos. Caso não estejam presos pelo cinto de segurança, os passageiros do banco traseiro podem ser lançados violentamente contra o painel, os bancos dianteiros e até mesmo para fora do carro, causando ferimentos severos.

Segundo a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (ABRAMET), o uso do cinto reduz em 60% o risco de mortes e lesões graves para quem está na frente e em 44% para quem está atrás. Essa estatística demonstra claramente que o banco traseiro não é um local "seguro por natureza". Ele exige o mesmo nível de proteção dos demais assentos.

Além disso, o impacto de um passageiro sem cinto sobre os ocupantes da frente pode ter efeitos devastadores, resultando em lesões traumáticas na cabeça, pescoço e tórax. Um estudo da Polícia Rodoviária Federal (PRF) revelou que, em 2024, foram registrados 2.333 flagrantes de passageiros sem cinto de segurança, mostrando que ainda há muito trabalho a ser feito para conscientizar a população.

O descuido com o uso do cinto no banco traseiro não é um problema isolado. Ele reflete a falta de conscientização sobre a importância dessa proteção. Pesquisa do IBGE aponta que apenas 54,6% dos adultos afirmam usar sempre o cinto no banco traseiro, enquanto os índices são ainda mais preocupantes em áreas rurais, onde apenas 44,8% dos passageiros adotam esse hábito.

O uso do cinto de segurança é obrigatório para todos os ocupantes do veículo, tanto na cidade quanto nas rodovias. A infração é considerada grave, com multa de R$ 195,23 e cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do condutor.

Além disso, a falta de uso do cinto tem sido um fator determinante em muitas fatalidades no trânsito. Um levantamento mostrou que 76 das 105 pessoas que morreram em sinistros rodoviários em um único mês não estavam utilizando o cinto de segurança. Esses números reforçam a necessidade urgente de mais campanhas educativas e fiscalização intensa para evitar tragédias evitáveis.

As diferenças regionais também são notáveis. Enquanto no Sul do Brasil 65,1% das pessoas afirmam sempre usar o cinto, nas regiões Norte e Nordeste os números são alarmantes: apenas 36,7% e 39,5%, respectivamente. Essa disparidade evidencia a necessidade de políticas públicas direcionadas para aumentar a adesão ao equipamento de segurança em todas as regiões.

O uso do cinto de segurança não deve ser visto como uma escolha pessoal, mas sim como uma medida de proteção coletiva. Quando um passageiro decide não utilizá-lo, ele coloca em risco não apenas a própria vida, mas também a dos demais ocupantes do veículo.

Equipamentos complementares, como o encosto de cabeça e os airbags, desempenham um papel fundamental na mitigação dos danos em caso de sinistro. No entanto, a primeira linha de defesa sempre será o uso correto do cinto. Estudos comprovam que essa simples atitude pode fazer toda a diferença entre um sinistro com sobreviventes e uma tragédia.

Para mudar essa realidade, é essencial que motoristas e passageiros incorporem o cinto de segurança como um hábito automático ao entrar no carro. Campanhas educativas, fiscalização mais rigorosa e a disseminação de dados concretos são fundamentais para que a população compreenda os riscos e adote comportamentos mais seguros no trânsito.

Acompanhe as próximas matérias do Blog Transitar e descubra por que o uso do cinto de segurança no banco traseiro, além de outras medidas de segurança viária, é fundamental para a sua proteção e a das pessoas ao seu redor. Juntos, podemos fortalecer a conscientização e incentivar um trânsito mais responsável, colocando a segurança de todos sempre em primeiro lugar. Vamos nessa!

A segurança no trânsito é um compromisso de todos. Use o cinto e proteja quem está ao seu lado!

“Desacelere. Seu bem maior é a vida”.