
Nos últimos anos, as Fake News se tornaram um fenômeno global, afetando diversas áreas da sociedade, incluindo a legislação de trânsito. Informações falsas sobre novas leis, portarias e regulamentos de trânsito podem causar grande confusão e, muitas vezes, levar a ações prejudiciais e desnecessárias por parte dos motoristas e outros usuários das vias públicas. Na matéria do Blog Transitar desta semana, vamos entender como essas Fake News surgem, seus impactos e como se proteger contra elas.
Diversas Fake News têm circulado sobre cadeirinhas de segurança para crianças, renovação da CNH e fiscalização de retrovisores, além da CNH para câmbio automático.
Notícias falsas afirmam que as cadeirinhas não são necessárias em determinados tipos de veículos ou que não fazem diferença em caso de sinistro, o que é completamente incorreto e perigoso. A legislação brasileira exige o uso de cadeirinhas de segurança para proteger as crianças em caso de colisão, e estudos mostram que elas reduzem significativamente o risco de lesões graves.
Recentemente, boatos circularam afirmando que seria necessário realizar exames práticos e teóricos para a renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), além da implementação de normas mais rígidas para a avaliação dos retrovisores dos veículos. A SENATRAN (Secretaria Nacional de Trânsito) esclarece que essas informações são falsas e que não houve mudanças nas regras para renovação da CNH, que continua seguindo os procedimentos estabelecidos anteriormente, sem a exigência de novos exames práticos ou teóricos. Quanto à fiscalização de retrovisores, também não há novas normas implementadas.
Outra Fake News popular afirma que motoristas de carros automáticos terão uma categoria específica já no início do ano. É importante ressaltar que ainda tramita no Senado um projeto de lei (PL 3.688/2024) que permite que carros com câmbio automático e veículos elétricos sejam utilizados em aulas práticas de direção.
A proposta da Senadora Teresa Leitão (PT-PE) permite que veículos de transmissão automática e carros elétricos sejam utilizados em aulas práticas de direção. Em entrevista para a Agência Senado, ela ressalta que “atualmente não existe possibilidade de sua utilização para fins de aprendizagem, uma vez que até o presente momento não houve regulamentação pelo órgão máximo executivo de trânsito.”
Ao justificar a medida, a senadora destaca, ainda, que “a produção de veículos com transmissão automática representa atualmente mais de 70% da produção nacional.' Ela também lembra que, com a Lei 14.599, de 2023, o veículo elétrico foi equiparado ao veículo automotor."
Portanto, fique de olho! Essas desinformações podem levar a decisões arriscadas e infrações às leis de trânsito, colocando a vida de muitas pessoas em perigo.
As notícias falsas sobre leis e regulamentos de trânsito geralmente se espalham por meio de redes sociais, aplicativos de mensagens e até mesmo em alguns meios de comunicação menos rigorosos. Esses boatos podem ser criados por diversas razões, desde a intenção de causar desordem, favorecer determinados grupos ou até o simples compartilhamento de informações incorretas sem verificação.
Impactos das Fake News sobre as Leis de Trânsito
Motoristas podem ser levados a acreditar que certas leis foram implementadas ou alteradas quando, na verdade, não foram. Isso pode resultar em comportamentos errôneos nas vias, como deixar de seguir uma regra de trânsito inexistente.
Notícias falsas sobre mudanças drásticas na legislação podem causar pânico. Por exemplo, um boato sobre a obrigatoriedade imediata de um novo equipamento de segurança nos veículos pode levar a uma corrida desnecessária às lojas, gerando caos e frustração.
Em alguns casos, motoristas podem ser enganados e acabar pagando multas ou taxas baseadas em informações falsas, prejudicando financeiramente os cidadãos e minando a confiança no sistema de trânsito.
Como Identificar e Combater as Fake News sobre a Legislação de Trânsito
Sempre que ouvir sobre uma nova lei ou portaria, busque confirmação em fontes oficiais, como o site da Secretaria Nacional de Trânsito (SENATRAN), site do DETRAN ou outros órgãos governamentais competentes.
Compare a notícia recebida com outras fontes confiáveis. Se a informação for verdadeira, é provável que seja divulgada por vários canais de comunicação de renome.
Mensagens com teor alarmista e linguagem exagerada muitas vezes são indicativos de fake News. Se uma notícia parece sensacionalista demais, investigue mais antes de acreditar.
Utilize aplicativos de notícias e trânsito que sejam conhecidos por sua precisão e confiabilidade. Muitos desses aplicativos verificam as informações antes de divulgá-las.
Uma forma eficaz de verificar a confiabilidade de uma notícia é conferir se ela foi publicada por sites jornalísticos reconhecidos. É importante lembrar que cada veículo possui sua própria linha editorial, o que pode resultar em diferentes abordagens dos fatos. No entanto, em um jornalismo sério, a essência do fato estará presente na notícia. Por outro lado, se uma informação é divulgada apenas em um portal desconhecido ou em um pequeno grupo de sites pouco confiáveis, é prudente suspeitar. Não compartilhe imediatamente e busque mais informações, pois há grandes chances de se tratar de uma notícia falsa.
A propagação de Fake News sobre legislação e novas leis de trânsito é um problema sério que pode ter consequências graves para a segurança e a mobilidade urbana. É essencial que todos os motoristas e cidadãos estejam atentos e saibam como identificar e combater essas informações falsas. Ao verificar fontes oficiais e consultar múltiplas fontes, podemos nos proteger contra os impactos negativos das Fake News e garantir um trânsito mais seguro e eficiente para todos.
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