
Imagine estar com sua família em um carro, voltando de um fim de semana tranquilo, quando, de repente, tudo muda. Um caminhão desgovernado surge, e o impacto é inevitável. O carro é esmagado entre duas carretas. O que parecia cena de ação era, na verdade, um episódio real. E, surpreendentemente, todos os ocupantes sobreviveram. Como? Graças aos dispositivos de segurança do veículo, especialmente os airbags e cintos de segurança.
Esse episódio dramático ocorrido na BR-101, em Alagoas, envolveu Carlos Henrique, sua esposa, filhos e sogra. O carro foi completamente destruído, mas, segundo especialistas, os sete airbags e o uso correto do cinto de segurança foram decisivos para que todos escapassem com vida.
A indústria automotiva evoluiu significativamente nas últimas décadas. Hoje, os veículos são equipados com uma gama de tecnologias que atuam como verdadeiros anjos da guarda:
- Airbags frontais, laterais, de cortina e de joelho: minimizam o impacto em diferentes partes do corpo;
- Freios ABS e controle de estabilidade (ESP): evitam derrapagens e aumentam o controle do veículo;
- Frenagem automática de emergência (AEB): detecta obstáculos e freia o carro sozinho, evitando colisões;
- Sensores de ponto cego e assistência de faixa: ajudam o motorista a manter a trajetória e evitar sinistros;
Segundo estudo da American Automotive Association, essas tecnologias podem salvar até 8.300 vidas por ano e evitar milhões de sinistros até 2050.
A segurança veicular é dividida em dois pilares:
- Segurança ativa: sistemas que ajudam a evitar sinistros, como controle de tração, sensores, câmeras e assistentes de direção;
- Segurança passiva: dispositivos que protegem os ocupantes após o impacto, como airbags, cintos de segurança e estruturas com deformação programada;
Ambos são essenciais. Um carro moderno combina essas tecnologias para oferecer máxima proteção.
Desde 2014, airbags frontais e freios ABS são obrigatórios em todos os veículos novos vendidos no Brasil. Em 2022, novas exigências foram adicionadas, como o sistema Isofix para cadeirinhas infantis, cintos de três pontos em todos os assentos e controle de estabilidade.
Essas medidas são fundamentais para reduzir os números alarmantes de mortes no trânsito, que chegam a cerca de 50 mil por ano no Brasil, segundo dados do DPVAT.
Apesar dos avanços da indústria automotiva e das exigências legais que tornaram obrigatórios itens como airbags e freios ABS, ainda há uma lacuna preocupante entre o que está disponível nos veículos e o que os motoristas realmente conhecem e valorizam. Muitos condutores não sabem, por exemplo, que o controle de estabilidade pode evitar capotamentos em curvas ou que o sistema de frenagem automática pode impedir colisões em situações de distração.
Essa falta de informação pode custar caro. A conscientização sobre os dispositivos de segurança é tão essencial quanto a presença deles no veículo. Entender como funcionam, saber identificar falhas e manter a manutenção em dia são atitudes que fazem diferença na hora de um sinistro de trânsito e podem ser decisivas entre sair ileso ou sofrer consequências graves.
Dispositivos de segurança não são itens de luxo. São ferramentas de proteção que, comprovadamente, salvam milhares de vidas todos os anos. Ao escolher um carro, é fundamental olhar além do design e da potência. Priorizar modelos com sistemas avançados de segurança é investir na própria vida e na de quem está ao redor.
E mais do que escolher bem, é preciso dirigir com responsabilidade. Respeitar os limites de velocidade, usar o cinto de segurança e confiar nos sistemas automotivos de proteção são atitudes que transformam o trânsito em um ambiente mais seguro para todos. Porque, no fim das contas, esses recursos podem ser o que garante que você e sua família voltem para casa em segurança.
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"Desacelere. Seu bem maior é a vida."