Apesar de o cenário atual não ser um dos mais promissores, um levantamento realizado no mês de julho pela companhia de comércio eletrônico OLX mostra que cerca de 70% dos brasileiros apresentam o desejo de adquirir um carro nos próximos 12 meses.
Segundo Daniel Abbud, CEO e fundador da Dryve, fintech de financiamento digital de automóveis, entre os fatores que contribuem para esse crescimento estão as alternativas de pagamento. O executivo observa que ao longo do primeiro semestre deste ano a empresa chegou a registrar na plataforma um aumento de 55% nos pedidos de financiamento em todo o território nacional.
“Seja para adquirir um modelo novo, seminovo ou usado, é necessário um alto investimento, o que torna a compra do automóvel à vista muitas vezes inviável, e o acesso ao crédito a alternativa mais rápida. Na prática, trata-se de uma espécie de empréstimo concedido por instituições financeiras públicas ou privadas, que utilizam o carro a ser adquirido como garantia de pagamento”, informa o CEO.
Abbud ainda listou as principais dicas para auxiliar os consumidores a obterem sucesso no processo de financiamento de automóvel. Confira a seguir:
Tenha nome limpo
Para as financeiras, estar associado a dívidas é um dos principais fatores que pode afirmar que o comprador será inadimplente no pagamento das parcelas do financiamento. Portanto, ter o nome limpo favorece uma boa negociação na compra do veículo.
“A falta de comprometimento financeiro pode acontecer por diferentes causas, que muitas vezes estão além do controle do consumidor, como a perda da fonte de renda. No entanto, garantir que as finanças estejam equilibradas antes de ir em busca da análise de crédito é fundamental, além de uma renda comprovada”, diz o executivo.
Se atente ao histórico bancário
Na hora de fechar o financiamento de um veículo, as financiadoras analisam o histórico bancário do solicitante.
“O consumidor pode até ter o nome limpo, mas está no limite do cheque especial ou pagando a fatura do cartão com alguns dias de atraso. Os bancos têm acesso a esse tipo de informação e as utilizam no momento da avaliação do pedido. Quanto mais livre de dívidas, renegociações, empréstimos e afins, melhor”, afirma o CEO.
Se organize para dar um bom valor de entrada
Segundo o especialista, quando o consumidor propõe uma baixa quantia de entrada, pode transmitir a ideia de que não houve um planejamento para a realização da compra do automóvel, ou, até mesmo, que está sem condições de se comprometer com um investimento relevante como a aquisição de um carro.
“O mercado costuma trabalhar com a média de 10% do valor total como um parâmetro mínimo de entrada, enquanto que os 90% restantes podem ser financiados. Mas se houver a possibilidade de um aporte entre 20% a 30%, as chances de aprovação aumentam bastante. Lembrando que, nessa segunda alternativa, tem a vantagem de o valor a ser financiado ficar menor, reduzindo o custo das parcelas”, finaliza o executivo.
Fonte: Garagem 360